Como Se Livrar de Um Vampiro Apaixonado – Beth Fantaskey

Jessica Packwood foi adotada ainda bebê na Romênia e levada aos EUA na mesma época. É nerd e sonha em ganhar a olimpíada de matemática, uma bolsa de estudos e assim entrar em uma faculdade, tanto quanto sonha em ter uma oportunidade com o popular Jake Zinn, por quem ela tem uma queda, mas sua auto-estima não está das mais altas. Jessica vive desde bebê numa fazenda na Pensilvânia com seus pais adotivos, que nunca esconderam que ela fora adotada, e que seu nome verdadeiro é Antanasia Dragomir.

Tudo estava nos eixos na vida de Jessica até que um novo aluno de intercâmbio aparece para bagunçar com tudo, e o pior: ele fica hospedado em sua casa. Lucius Vladescu, um esnobe, arrogante, conservador e, claro, conquistador, também nasceu na Romênia mas, diferente de Jessica, viveu lá a vida inteira em um castelo com sua família bem conservadora da realeza vampírica. Ele sofreu muito em sua infância pois foi treinado para ser um governante e por isso apanhava muitas vezes, física e psicologicamente.

Lucius foi enviado aos EUA para uma missão: cortejar, conquistar e casar com Antanasia, sua noiva prometida desde o nascimento, de um clã rival, para assim estabelecerem a paz entre seus clãs. Agora os dois, pessoas totalmente diferentes entre si e com valores quase que opostos, precisam conviver e aprender a se aceitar, lidando com um novo modo de pensar sobre tudo, e com as complicações de um casamento prometido, enquanto lidam com sentimentos novos e um mundo diferente do que estão acostumados.

O sentimento que eu mais tive lendo “Como se livrar de um Vampiro apaixonado” foi raiva. Mas não de um modo ruim, do tipo: “Ah, que livro chato não gostei de nada e vou parar de ler agora.” Mas sim uma raiva instigante, como se eu fizesse parte daquela história e quando as coisas iam acontecendo, eu queria mudá-las ou consertá-las, só que infelizmente não podia.

Gostei bastante do livro por si só, da narrativa e do modo como a autora desenvolvia as situações pelas quais nossos protagonistas passavam.

Lucius é um tipo de homem fácil de se apaixonar, protetor, bonito, forte, sedutor e, ainda melhor, cavalheiro, coisa que não estamos acostumadas a ver hoje em dia. Gostei demais de ver seu amadurecimento, sua luta interna estava sempre presente para ele entender como deveria agir, o que era realmente certo ou errado, assim como lidar com seus sentimentos, algo diferente e novo para alguém como ele.

Também gostei bastante da protagonista, Jessica Packwood, seus pensamentos [já que está em primeira pessoa, coisa que eu adoro, podemos ver o que ela sente e porque age daquele jeito], e como ela lidou com tudo que ia surgindo em sua vida. Foi admirável ver como amadureceu, questionando e futuramente aceitando muitas coisas que primeiramente duvidava serem reais e que consequentemente a fizeram mudar seu ponto de vista de acordo com os fatos que iam ocorrendo.

Apesar de Jessica e Lucius terem a mesma origem, podemos ver tão nitidamente essa diferença entre eles, é um grande choque de culturas, e a maneira como começam a conviver meio que forçadamente e como vão lidando com tudo, cada um com seu modo de ver as coisas, e depois começando a aceitar o outro, chegando a um meio termo, foi muito interessante, muito bem desenvolvido.

Mas não curti muito o desenrolar da história de amor de Jessica e Lucius pois não conseguiu me convencer totalmente. Sei que muitos livros, principalmente os que tratam de vampiros, fazem essa mesma coisa com a relação de amor dos personagens principais, mas não sei se pelo modo de eles usarem o eterno de uma maneira tão intensa me fez ficar com um pé atrás quando tudo ocorreu tão rápido.

O final do livro deixou um pouco a desejar também, e achei que o ato de sugar sangue ficou uma coisa muito mais ardente do que estamos acostumados a ler, não que isso tenha sido ruim, só não sei se concordo como ocorreu.

Achei bem interessante o fato de os capítulos serem divididos entre as situações pelas quais Jessica passa e cartas enviadas de Lucius ao seu tio, Vasile, pois podemos ver os dois lados de uma mesma trama e entender melhor os sentimentos e o desenrolar da história em si. E achei legal o fato de usarem a fonte em itálico quando tratava-se da carta, pois, por ser escrita à mão conseguiu passar mais essa sensação.

Falando em divisão de capítulos, agora visualmente, não curto quando um capítulo começa no meio de uma página, prefiro que comecem em uma nova página, deixando-os mais organizados no meu ponto de vista.

Também gostei bastante da capa, fiquei feliz quando a editora resolveu manter a original como os leitores pediram, pois acho que ela tem bastante a ver com o enredo do livro, além de ser realmente linda.

Um último comentário em off, acho que o ator Tyler Hoechlin de Teen Wolf [hoje em dia, hein! hahaha ;x] faria um ótimo papel de Lucius Vladescu, acho que ele tem tudo a ver com o personagem. E uma pergunta para quem leu: concordam ou não?

Enfim, super recomendo “Como se livrar de um vampiro apaixonado”, pois além de divertido e ter personagens cativantes, é instigante, nos prendendo até o fim.

Avaliação