A Vida Além da Sepultura psicografado por Hercílio Maes, pelo espírito Ramatís

Tudo bem confesso, sou um ser curioso, não muito curioso!, conte me um mistério e eis eu louca para saber do que se trata, até de temas que não me interessam tanto. Me conte sobre um livro interessante que eu desesperadamente vou colocá-lo na minha lista sem fim! Pior me diga que existem cidades no astral além da já conhecida Nosso lar, narradas e explicadas em um livro e veja eu roxa de curiosidade de devorar o livro: eis então o livro A Vida Além da Sepultura psicografado por Hercílio Maes, pelo espírito Ramatís, publicado pela Editora do Conhecimento.

Aqui temos um livro como nunca li antes! Pegue todos os livros espíritas que já leu que dão entender sobre certos temas como organizações astrais e seres que as habitam, tudo aquilo que eles dizem que ainda não podemos saber ou simplesmente ignoram nos dizer, e eis o que temos neste excelente livro!

Quem introduz o livro é Ramatís, espírito muito conhecido do público brasileiro que têm diversas obras publicadas e comunicações com médiuns brasileiros, possui um vasto conhecimento sobre a espiritualidade. O livro é no formato de perguntas e respostas, divididas em duas partes, sendo que na primeira quem responde as perguntas é o espírito Atanagildo, apresentado por Ramatís, ele tem um estilo mais simples do que o amigo, assim como conhecimento mais limitado, mas não por isso não vasto.

Atanagildo nos relata detalhadamente seu desencarne, suas primeiras impressões e detalhes da cidade que passou a habitar: a Metrópole do Grande Coração, uma comunidade de espíritos benfeitores sobre uma região brasileira. Essa metrópole é tema de boa parte do livro, e é muito bem explorada pelas perguntas respostas, chegando até a ser repetitivo o tanto que se demoram a respeito.

Uma característica muito explorada é o universalismo, condição necessária para habitar está colônia. É sem dúvida um estágio evolutivo, visto que se você compreende e aceita a reencarnação, também passa a compreender que hoje pode ser espírita, amanhã pagão e depois judeu, e que sendo assim não pode haver uma verdade, apenas uma identificação temporária com o momento de vida. Faz total sentido logo não ter uma religião, mas sim uma fusão destas depois de com certeza já ter sido de quase todas ao longo de diversas vidas.

O plano astral também é um tema abordado. Diversas características são exploradas, incluindo tentativas de explicar fisicamente as formas e espaço do mesmo. Os sentidos no astral são muito diferentes e é muito complicado por diversas vezes compreender o que Atanagildo explica, mas a dica é: abra seu coração, o que a mente não compreende o coração organiza e entende. A organização quanto a residências e edifícios também são narrados.

Agora destaco temas que eu nunca havia lido em obra alguma, e sequer sabia com exatidão a existência, são eles: colônias de costumes antiquados, que são como o próprio nome diz organizações de espíritos que pararam em determinada civilização terrena, assim podemos encontrar uma cidade inteira que vive como na época grega, ou como na Idade Média, não se tratam de espíritos que não desenvolveram virtudes superiores, mas de espíritos que ainda não conseguiram se desvencilhar das formas arcaicas de vida (pense nas pessoas mais velhas que não conseguem aceitar o uso do computador e tenha uma noção do que falo).

Outro tema novo é o detalhamento das colônias do astral inferior. Ele aborda de forma muito precisa como estes espíritos vivem, pensam e se organizam como verdadeiras máfias com graus de evolução segundo suas leis. E mais que isso ele aborda algo que jamais li antes, sobre os animais e aves que habitam esses planos inferiores, existe toda uma fauna nestes ambientes que sequer pensamos existir. Outros temas mais comuns também abordados, porém de formas diferenciadas também surgem como a morte, reencarnação, comportamentos perante a morte de quem fica, a eutanásia e etc.

Na segunda parte do livro, que é bem menor, quem responde as perguntas é Ramatís, de fala mais rebuscada e um tanto filosófica ele dá diretas sobre os assuntos abordados, como obsessão, limitação de filhos e consequências cármicas (aqui houve um sério conflito da minha parte em discordar do espírito que fez com que o livro me incomodasse e perdesse uma estrela!- mas não sou mimada, ele não vai perder a estrela porque eu não concordei rs!), relações cármicas entre pais e filhos, e etc.

A Vida Além da Sepultura é rico, detalhado e não é para espíritas, é para qualquer um que tenha curiosidade e queira saber mais sobre a vida no além morte. Tudo é abordado de maneira universalista, e não doutrinária. Vai sacudir alguns conceitos, abalar algumas estruturas, mas vai permitir muita reflexão, evolução e luz no seu caminho.

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