Sr. Holmes - Mitch Cullin

Como sou uma apaixonada por Sherlock Holmes, adoro tudo que encontro relacionado a esse detetive, sejam livros, adaptações cinematográficas, séries e até mesmo jogos, entre outros. Quando vi que Mitch Cullin tinha escrito uma releitura brilhante do personagem com uma impressionante análise dos mistérios da mente humana, fiquei louca para conhecer melhor essa obra, que inspirou o filme de mesmo nome “Sr. Holmes”, protagonizado por ninguém menos do que o maravilhoso Sir Ian McKellen. Agora, venho compartilhar com vocês as minhas opiniões a respeito desse volume publicado aqui no Brasil pela Intrínseca.
Nessa obra, vemos que Sherlock está aposentado há décadas e mora em uma fazenda em Sussex, onde tem uma criação de abelhas com a ajuda de Roger, o filho da empregada. Esse jovem tem um grande interesse e carinho por Sherlock, que acaba sendo uma representação de uma figura paterna, uma vez que ele não tem pai. Eles passam horas conversando. O seu interesse pelo famoso detetive é tão grande que Roger entra no escritório dele escondido para ler os seus livros e escritos, se imaginando como o próprio investigador dos casos.
Sherlock, apesar da idade, ainda recebe muitas cartas e pacotes, pedidos de entrevistas para rádios ou revistas, presentes exóticos, livros, cartas lisonjeiras, etc., e, claro, solicitações de ajuda e investigação. Ele as lia e separava os presentes para doação, mas raramente respondia alguma coisa. Mesmo gostando de relembrar casos memoráveis, com a sua memória já afetada pela idade e toda a sua dificuldade em lembrar de eventos recentes, ele não tem interesse em novos casos, já que, agora, seus únicos interesses são abelhas, geleia real e a cinza espinhosa (uma planta medicinal).
Quando o Sr. Umezaki convida nosso protagonista para ir até o Japão do pós-guerra para ver de perto a planta e a sua culinária, ele prontamente aceita o convite sem saber que o Sr. Umezaki tinha segundas intenções.
Intercalando entre lembranças, casos de amor, amizades e pessoas que fazem falta na vida do detetive, vemos nosso protagonista com ele sempre foi, cheio de manias e ainda bem metódico e racional, apesar de consciente das suas capacidades analíticas envelhecidas. Porém, também acompanhamos o seu lado mais humano e saudosista, além do seu sentimento paternal em relação ao Roger.
Escrito em terceira pessoa, esse volume consegue nos conquistar com a vida desse detetive tão famoso e querido. Eu amei ver a história criada por Mitch Cullin, trazendo um protagonista com a idade mais avançada e relembrando alguns dos seus casos importantes. Amei cada página e não conseguia desgrudar os olhos do meu exemplar até chegar ao final. Essa é uma leitura interessante e bem nostálgica, que, além de abordar a vida atual dele, também fala sobre o último caso de Holmes e de como acabou sendo tão traumático que levou nosso protagonista se aposentar.


Como comentei no início dessa resenha, essa obra foi adaptada para os cinemas e conta com Sir Ian Mckellen no papel de Sherlock, esse famoso e amado detetive. Já estou louca para assistir a esse filme, e agora que já terminei minha leitura, planejo fazer isso o quanto antes. A capa é simples e traz um pôster do filme, a qual gostei bastante, justamente por conta do ator.
Com uma leitura rápida e fluida, esse é daquele tipo de enredo que consegue nos conquistar do início ao fim e nos deixar com um gostinho de quero mais, nos levando a uma viagem pela vida de Holmes e nos fazendo refletir junto com o protagonista. Recomendo demais essa leitura!

Avaliação





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