Os Deuses da Culpa - Mickey Haller #05 – Michael Connelly


Sempre gostei bastante dos livros de Connelly, pois suas narrativas são instigantes, envolventes e nos prendem em todos os momentos com personagens incríveis. Também curto muito o Mickey Haller, que no caso é o protagonista dessa história, que já teve cinco volumes publicados aqui no Brasil (contando com este. O sexto ainda não chegou por aqui), e irmão do famoso detetive Harry Bosh (outro dos protagonistas criados por Michael). Sendo assim, sempre que é possível, gosto de me aventurar em seus títulos.
Nesse exemplar, acompanhamos mais uma vez a história de nosso advogado de defesa Mickey Haller, que, por ter essa profissão e ser bom no que faz, acabou causando vários problemas para si mesmo, já que acabou inocentando um homem que foi o responsável por matar 2 pessoas. Isso fez com que sua filha parasse de falar com ele, uma vez que ela conhecia as vítimas e achava que o pai defendia quem deveria ficar na cadeia, e isso também acabou com suas chances de se eleger para o Gabinete da Promotoria do Condado de Los Angeles.
Agora, ele foi chamado para um caso de assassinato, no qual a vítima é uma ex-cliente sua, uma mulher que era garota de programa e que ele ajudou a tirar das ruas. Quando descobriu que era essa sua ex-cliente, nosso protagonista chegou a ficar surpreso, já que ele achava que a moça não tinha voltado para essa vida, uma vez que até mesmo recebeu cartões postais dela sobre esse período em que estava afastada.
Gloria foi encontrada morta em seu apartamento, e Andre La Cosse, um cafetão digital, ou seja, um homem responsável por administrar sites e redes sociais de acompanhantes de luxo que, com isso ele ganha uma comissão por esses programas, foi considerado o assassino.
Nosso protagonista vai atrás de tudo para tentar descobrir o que realmente aconteceu, e então descobre que Gloria sabia de muitas coisas e por isso acabou sendo assassinada. Alguns anos atrás, ela foi testemunha em um caso sobre um cartel de drogas e ajudou a colocar um homem bem perigoso atrás das grades. Foi nessa época que Haller falou para ela ir para outro estado e mudar de vida, então agora ele vai investigar o que realmente aconteceu, o motivo por que ela quis continuar nesse mundo e o porquê de ter mentido para ele durante todos esses anos. Porém, quanto mais investiga, mais perigosas as coisas ficam.
Uma obra cheia de reviravoltas, na qual você não consegue descobrir quem é inocente até chegar ao fim. Uma história eletrizante, que envolve assassinato, corrupção, prostituição e drogas, que faz você ficar tentando desvendar quem é o culpado e que te instiga em todos os momentos a criar teorias. Gosto bastante desse tipo de enredo, e, para quem curte um bom romance policial, não pode deixar de ler essa trama que está super envolvente e bem escrita.
A obra foi narrada em primeira pessoa pelo ponto de vista de Mickey Haller, o que foi bem legal, já que assim conseguimos entender melhor os seus pensamentos, como ele investiga, pensa e age, e até mesmo os seus sentimentos por estar passando momentos tão difíceis em sua vida pessoal. São todos esses pequenos detalhes que fazem a trama ficar incrível e muito bem escrita. Gostei bastante de como o mistério foi se desvendando e de que no final todas as nossas perguntas são respondidas, sem deixar nenhuma ponta solta.
A capa inaugura, junto com “A Caixa-Preta”, da série Harry Bosch, os novos padrões gráficos de capas do autor publicadas pela Suma de Letras. Todos os livros publicados anteriormente pela editora possuíam outro estilo de capa e acredito que os próximos seguirão esse novo modelo. O miolo está bem diagramado, com espaçamentos confortáveis e páginas amarelas, porém a letra do texto não é muito grande, o que pode incomodar algumas pessoas – não aconteceu comigo, mas sei que não é o ideal.
Recomendo “Os Deuses da Culpa” para todos aqueles que se interessam por um thriller policial, cheio de reviravoltas em um pano de fundo eletrizante que envolve corrupção, drogas, assassinato, entre outras coisas que vão prender a sua atenção em todos os momentos.
Avaliação




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