Há sete
meses, Mia Saunders trabalha como acompanhante de luxo com o objetivo de, ao
final de um ano, conseguir pagar toda a dívida de seu pai com jogos, que o fez
parar no hospital e em coma e com ameaças à vida dele e de suas duas filhas,
caso o dinheiro não fosse pago.
No mês
atual, Mia viaja para Miami para ser a estrela principal do videoclipe do famosíssimo
cantor de hip-hop Anton Santiago, que está em alta no momento. Ele é
mulherengo, confiante e sabe dançar de um jeito tão sensual que leva todas as
mulheres à loucura. Com Mia não é diferente, porém, devido a terríveis
acontecimentos no mês anterior, a mente dela parece não querer concordar com o
corpo, então as coisas acabam saindo um pouco diferente do esperado. Mas, mesmo
assim, ela vai aproveitar cada momento desta experiência, conhecer novas
pessoas e se divertir o máximo que conseguir.
Até o
momento li oito volumes desta série e o meu preferido é, sem sombra de dúvidas,
o deste mês, Julho. Ainda há quatro livros, que podem tirá-lo desta posição,
mas por enquanto este está no topo. Quem quiser saber minha opinião sobre os
antecessores, clique nos títulos para ser direcionado para as minhas resenhas
de: Janeiro, Março, Abril, Maio e Junho.
Eu gostei
mais deste porque o achei mais real, mais sincero e mais profundo. Todo e
qualquer ser humano passa por dificuldades e tristezas e acaba tendo que
aprender a lidar com elas da sua maneira. Mia, apesar de ter tido vários
problemas antes, nunca demonstrou nada disso com sentimentos ruins, nem mesmo
com sua voz interior, que temos a oportunidade de acompanhar devido a narrativa
ser em primeira pessoa. Eu sei que algumas pessoas são simplesmente mais
felizes do que as outras, mesmo que suas vidas não sejam melhores (até porque
cada um sabe o que é melhor ou pior para si), mas eu confesso que tenho uma
preferência maior por personagens que demonstram que a vida não é só felicidade
e que podemos, sim, demonstrar as coisas ruins que sentimos, mesmo que seja só
dentro da nossa cabeça, para nós mesmos.
Neste volume
aqui, por conta de coisas ocorridas no anterior, vamos conhecer um lado mais
machucado dela, tentando se recuperar daquela experiência ruim, mas falhando
algumas vezes. E isso é normal. Mia está com receio de aproximações masculinas
e toda hora tem lembranças daquela situação terrível, que acabam afetando a sua
vida e suas ações momentâneas. Mas com a ajuda de seu cliente, pessoas próximas
a ela este mês, e um personagem muito querido que conhecemos antes e faz uma
reaparição aqui, vemos que ela consegue ir lidando melhor com seus monstros
interiores.
E também há
lados completamente positivos e que encheram meu coração de alegria – e o de
Mia mais ainda, claro. Isso porque ela finalmente tomou uma decisão – a qual curti
muito –, e eu estava esperando por isso há muito tempo, assim como muitos de
vocês, que eu também sei. Não vou me aprofundar neste comentário, pois seria
spoiler, mas tenho certeza de que a maioria das pessoas que acompanha a série
vai curtir.
Gostei muito
do Anton, acho que foi o homem perfeito para ajudar Mia neste mês, pois ele é
adorável, tem uma personalidade muito boa, sabe de dificuldades que uma pessoa
pode enfrentar na vida, tem o pé no chão, um ar mais alegre, etc. Também adorei
a Heather e a Maria, uma dançarina profissional que é contratada para ajudar na
coreografia do clipe, que fez toda a diferença. Com certeza foram alguns dos
personagens que mais gostei da série inteira (dos que eu li até Agosto), e vou
ficar desejando por mais participações deles nos demais livros, assim como
desejei mais páginas neste volume.
E AMEI a
participação especial de um personagem de outro volume que eu adoro e veio para
mudar algumas coisas na vida de Mia, desta vez de forma definitiva. Mal vejo a
hora de ler os próximos para ver o que mais vai acontecer com estas pessoas.
Só achei
estranho a Ginelle não ter aparecido muito nestes últimos livros, o que eu
achei uma falha da autora por conta do que aconteceu com Mia em Junho, e, como
uma grande amiga, pensei que ela se importaria mais com nossa protagonista a
ponto de fazer alguma coisa a respeito disso. A irmã eu até entendo, já que Mia
quis protegê-la da verdade, mas a melhor amiga descobriu e não fez quase nada.
Fiquei com a sensação de: Se ela diz que faria tudo por Mia, largaria o que
fosse e etc., por que, quando realmente é “necessário” que faça algo, ela não
faz? Não tem cartão de crédito para pagar uma passagem de avião para ver a
amiga num dos piores momentos de sua vida? E não tem um mísero dia de folga que
seja, mesmo que num domingo?
Uma das
coisas que achei mais interessante é que, finalmente, a autora modificou um
pouquinho a sua fórmula, e a moça que era muito próxima de seu cliente (que
neste caso era a sua assistente, Heather) não estava interessada nele
romanticamente, como já aconteceu em outros livros. E nem com Mia, apesar de
achá-lo lindo e interessante, e ele ser mulherengo, não ter compromisso com
ninguém, ser livre e desimpedido para ficar com quem quisesse, e até ter
demonstrado interesse por nossa protagonista, isso não passa de uma relação
platônica. Ambos se curtem, mas o relacionamento entre eles acaba ficando só na
amizade. E é a primeira vez que isso acontece quando o moço é heterossexual e
solteiro (mesmo que em alguns exemplares ele só tenha tido relacionamento sério
com alguém depois da ajuda de Mia, o coração dele já estava “comprometido” e
ela preferiu não interferir).
Apesar de Audrey
ter seguido de novo a mesma ideia de que Mia pode consertar qualquer coisa no
curto período em que está com seu novo cliente e, mais uma vez, suas palavras
abriram os olhos das pessoas, que mudaram seus comportamentos de anos, para se
adaptarem a algo, que no final das contas é melhor, mas que nunca tinha sido
levado em consideração antes. Então continuo repetindo que a melhor carreira
para Mia seria de consultora de vida, e acho que ela deveria seguir meu
conselho.
E, como era
de se esperar, nossa protagonista acaba desenvolvendo uma forte amizade com seu
cliente, Anton, e com Heather, a pessoa mais próxima a ele. E esses sentimentos
se tornam tão intensos que eles já lhe consideram parte de sua família e alguém
que vão sempre querer ajudar e proteger para o resto da vida. Para quem tinha
certa dificuldade em construir relacionamentos de amizade com alguém (afinal
ela só tinha uma grande amiga, além de sua irmã), agora ela mal consegue ficar
um mês sem virar parte essencial da vida de outra pessoa. É bonito, sim, mas
ainda sinto que isso fica meio forçado por acontecer em praticamente todos os
meses (só não aconteceu em Junho).
Esse é um
livro intenso, cheio de sentimentos, sendo alguns deles bem negativos, pesados,
e outros extremamente positivos e felizes, e uma luta interna da protagonista.
Além de contar com participações especiais, cenas fofas, outras bem quentes,
diversão, descontração e leveza, características presentes em toda a
série.
Definitivamente
não poderia deixar de indicar “A Garota do Calendário: Julho” para vocês, já
que foi o meu volume preferido até o momento, e é quando conhecemos um lado
diferente da querida Mia, e também quando podemos finalmente suspirar com uma
decisão que toma. Além do mais, o cliente do mês e as pessoas que ela conhece
são maravilhosos. E que venham os próximos meses!
Está sendo ótimo ler as resenhas da série e poder conhecer um pouquinho mais da Mia.
ResponderExcluirBom saber que "julho" foi seu favoritinho, espero que os outros continuem nessa linha ou que sejam bem melhores.
Não li nenhum livro da série ainda, estou esperando completar para ai sim ler.
Confesso que estou bastante curiosa, é um gênero que curto bastante. Vamos ver!
Gostei bastante da sua opinião.
Beijos,
Caroline Garcia
Pelas suas resenhas da para notar que no decorrer dos meses, e dos livros a trama tem ficado mais cativante envolvente, os acontecimentos tem sidos mais marcantes o que torna a leitura ainda mais agradável. Super quero começar ler logo essa serie, a personagem tem me deixado bastante entusiasmada, e por isso acho que vou gostar bastante.
ResponderExcluir