Trocada – Trylle #01 - Amanda Hocking


Quando vi este livro pela primeira vez, não sabia muito bem do que se tratava, mas após ler a sinopse e me encantar com a proposta passada por esta obra, fiquei contando os dias para tê-la em minhas mãos e começar a ler esta história maravilhosa.
Quando comecei a ler este título eu já havia lido outros livros de Amanda Hocking, “Despertar” e sua continuação “Canção do Mar”, ambos lançados pela Editora Planeta aqui no Brasil (a resenha do primeiro volume foi escrita por nossa colunista Bruna, a do segundo eu que escrevi. Se quiser ler uma delas basta clicar no título), e como gostei muito da narrativa da autora eu já tinha uma certa expectativa para este título. Agora depois de ter lido, venho contar para vocês o que achei desta obra que é o primeiro livro da trilogia Trylle, lançada aqui no Brasil pela editora Rocco.
Neste exemplar conhecemos Wendy, uma menina que no dia de seu aniversário de seis anos fora atacada pela mãe com uma faca, em um de seus momentos de loucura, para matá-la. Uma menina aparentemente normal e que já foi expulsa de diversas escolas e não se lembra de ter nenhum amigo. É assim que podemos descrever nossa protagonista, uma adolescente que se sente deslocada e sem amigos, como se não se encaixasse em nenhum lugar, fazendo-a se questionar sobre a atitude de sua mãe, e se ela estava certa.
Ela tem um irmão chamado Matt e uma tia Maggie, que estão sempre a defendendo, não só por a amarem, mas também para tentar compensar um pouco o passado conturbado pelo trauma presenciado pela atitude de sua mãe.
Agora ela já está com dezessete anos, quase dezoito, e está vivendo nesta nova cidade, onde parece até ter conseguido fazer um amigo, mas tudo muda completamente quando Finn, um garoto misterioso que parece sempre estar de olho nela, revela um grande segredo que pode mudar toda a sua existência.
Então nossa protagonista conhece um novo mundo com trolls, previsões do futuro um pouco confusas, novas responsabilidades e um romance que nos faz ficar torcendo pelo casal, que é de um jeito fofo, já que é possível perceber a química do casal.
O livro é narrado em primeira pessoa o que foi bem legal já que assim pudemos conhecer um pouco mais da protagonista e tudo que ela estava sentindo e passando em sua vida. A narrativa é rápida, fluida e super gostosa, apesar de acontecer com uma rapidez desnecessária até certo ponto do livro, mas também há com acontecimentos a toda hora, não deixando a trama ficar nem parada e nem cansativa.
Apesar dos pontos positivos, algumas coisas me incomodaram. Como, por exemplo, a protagonista meio que muda seu jeito de ser de como foi apresentada no começo do livro, mas não daquela maneira como se ela tivesse evoluído sua personalidade, apenas como se no final fossem duas personalidades diferentes. Também não gostei que, apesar de Wendy ser de grande importância para algo que vai se desenvolver futuramente, ninguém explica quase nada a ela, só dizem que as respostas virão depois, e ela aceita isso, o que é irritante já que no início do livro ela é toda rebelde e tal e agora ela só abaixa a cabeça e acaba fazendo com que o leitor fique sem os conhecimentos necessários para apreciar mais a história, e ainda se sinta enrolado.
A capa é bem bonita, mas a impressão ficou devendo um pouco, pois a imagem da menina não está muito nítida, nem na foto da autora. A diagramação está bem legal, com páginas amarelas e um bom espaçamento entre as letras, o que ajudou muito para a minha vista, já que assim fica mais confortável para ler durante algumas horas.
Recomendo esta leitura para todas as pessoas que gostam de um bom livro que contém romance, aventura, mistérios, magia, como uma pegada sobrenatural com bons personagens (tanto os principais como os secundários) que nos fazem querer saber cada vez mais da história e ficar torcendo pelo final “feliz”. Tudo isso com uma narrativa rápida e fluida que nos prende durante horas e horas.
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Cinema x Bookcase: O Lado Bom da Vida – Matthew Quick



Em “O Lado Bom da Vida” acompanhamos a vida e o desenvolvimento psicológico de Pat Peoples, um homem com pouco mais de 30 anos que acaba de sair de uma instituição psiquiátrica, onde ficou internado por um grande período por causa de uma situação que ocorreu em seu passado, da qual ele não consegue lembrar porque sua memória ficou nebulosa depois desse trauma e o que ele gerou.
Ele vai morar com seus pais quando sua mãe consegue tirá-lo do “lugar ruim”, já que ele não tem mais casa e nem emprego. Ela fez um tipo de academia para ele no porão, que acaba se tornando seu lugar preferido porque agora ele é um viciado em exercícios físicos, e uma boa parte de seu tempo está malhando ou correndo, porque ele acredita que Nikki gostaria disso. Pat também acredita no lado bom das coisas, no amor e em finais felizes, e faz de tudo para seguir sua nova filosofia de vida, priorizar a gentileza e não a razão.
 Com a ajuda das pessoas próximas a ele, como sua querida mãe, seu irmão, seu vizinho e melhor amigo, além de seu novo médico, o Dr. Patel, um indiano baixinho que não prega o pessimismo (o que para ele é de muita importância), em seu consultório “agradavelmente estranho”, onde ele se sente relaxado, e da amizade de uma mulher que passou por problemas por causa de depressão e também faz tratamento psicológico depois de um acontecimento muito ruim, Pat vai aprendendo a lidar com o que está passando enquanto vai vivendo o filme de sua vida, se lembrando do que aconteceu entre ele e sua mulher, sem deixar a esperança de lado de finalmente acabar o “tempo separados”.
Esse livro foi magnificamente escrito por Matthew Quick, ele soube dosar momentos engraçados, com cenas cativantes, uma bonita lição de superação, esperança, personagens incrivelmente bem construídos, muitos sentimentos, um relacionamento amoroso inesperado, além de saber expressar tão bem mentes perturbadas e depressão, e fazer com que o leitor se insira na história, tudo isso com uma narrativa sensível, gostosa e fluida.
A narrativa é em primeira pessoa, então podemos entender tudo o que se passa na mente de Pat, desde as dificuldades para entender o que aconteceu com o mundo fora da clínica no tempo em que ficou internado, passando por seu complicado relacionamento com o pai, sua esperança em voltar com sua esposa Nikki, chegando a seus esforços para ser uma pessoa melhor, buscando sempre encontrar o lado bom da vida.
Amei conhecer Pat e acho que o livro não teria ficado tão bom se não fosse narrado diretamente por ele. Conhecer seus anseios, acompanhar sua luta interna, ver como algumas coisas não saíam como planejado e ainda assim ver que o otimismo não o deixava nunca. É impossível não admirar sua força de vontade, essa foi uma lição incrível que eu adorei acompanhar.
“Sorrio para ela, (...) não há o menor indício de que 2007 será um ano bom para minha mãe ou para mim, e, no entanto, minha mãe continua tentando encontrar o lado bom da vida, como me ensinou a fazer há tanto tempo.”
É impossível não se cativar com ele e, a cada página avançada da leitura, a gente só consegue torcer mais e mais para que tudo dê realmente certo no final, para que ele consiga entender o que realmente aconteceu e saiba lidar com todos os seus medos e angústias de uma forma positiva. Ele sempre fala se como ele era no passado, como agia errado com Nikki, e hoje se condena por isso. O leitor acaba conhecendo um lado totalmente diferente do protagonista que ele é agora através de seus comentários, e ver como ele mudou e tudo o que faz para ser alguém que dê orgulho a sua ex-mulher, é lindo.
Algumas vezes nosso protagonista lia alguns livros clássicos que Nikki usava em suas aulas, já que ela é professora, e queria estar preparado quando o reencontro entre eles ocorresse. Adorava essas partes, porque o modo que ele ficava revoltado quando lia que os livros não eram tão positivos quanto ele gostaria que fossem, eram ótimos. E, como eu também sou fã de finais felizes, me identifiquei bastante com ele nesses momentos.
Uma característica que eu gostei muito na escrita do autor, é a curiosidade que ele desperta no leitor. Porque não sabemos o que aconteceu a Pat para ele ter sido internado, e o porquê de uma música o afetar tanto. Dá para imaginar que há uma ligação entre as duas coisas, mas só mais para o final do livro é que vamos descobrir exatamente o que ocorreu, e isso de uma maneira muito bem feita, sem soar chato ou cansativo.
Uma coisa que talvez incomode algumas pessoas, mas até que não ocorreu comigo, é a quantidade de vezes que ele cita o futebol americano, principalmente os Eagles, já que quase tudo relacionado ao pai, principalmente a seu temperamento, é devido ao desempenho do time, também há muito da relação entre seu irmão e até seu médico que tem a ver com os Eagles, inclusive eles cantam o hino diversas vezes.
Que final fofo! Admito que não era muito fã de Tiffany em muitos momentos do livro, principalmente porque ela era muito calada, e também não concordo com algumas de suas atitudes, mas entendo que essa visão que eu tive dela tem a ver com o fato de não poder acompanhar seus pensamentos, como ocorre com Pat. Então, por ela ser uma pessoa mais fechada, não dava para conhecê-la tão bem assim.
Uma curiosidade que eu achei interessante comentar e que eu não sabia é que a expressão em inglês “Silver Linings” refere-se a, em um dia nublado, aquela luz que escapa no meio das nuvens, e significa que mesmo as coisas ruins tem seu lado bom, coisa que tem tudo a ver com a mensagem passada no livro e no filme.
“Se as nuvens estão bloqueando o sol, sempre tento ver aquela luz por trás delas, o lado bom das coisas, e me lembro de continuar tentando, porque eu sei que, embora as coisas possam parecer sombrias agora, minha esposa logo voltará para mim.”
Amo essa capa! Além de ter Bradley Cooper (nem preciso de mais comentários! Hahaha) e Jennifer Lawrence nela, o trabalho da Editora Intrínseca está ótimo. Com verniz localizado apenas na parte central, enquanto o resto está fosco. Fora que adoro o jogo de cores utilizado, com preto, branco, cinza e amarelo (inclusive na logo da editora), além do destaque para a única cor diferente ser nos olhos dos dois.
A diagramação está muito bem feita, com um ótimo espaçamento entre as letras e um tamanho de fonte confortável para leitura. Além de as páginas serem amarelas, ótimas para ler por mais tempo.
Com capítulos curtos e uma narrativa ágil, indico essa leitura a todos que gostam de ler algo emocionante, com pitadas cômicas, personagens reais (você com certeza conhece alguém com características próximas a pelo menos um deles), através de uma história de superação e, principalmente, otimismo.
Agora vou falar das minhas impressões sobre o filme. Eu gostei dele, mas nem se compara ao livro. Sei que, quando um livro é adaptado para outro formato tem que haver mudanças drásticas para se encaixar melhor a quem assiste, principalmente porque no livro podemos acompanhar os pensamentos de Pat, já que tudo que acontece é sob seu ponto de vista, mas no filme isso não é possível porque o espectador tem que ouvir com uma visão em terceira pessoa.
Ao mesmo tempo em que sei que isso é necessário, não acho que tantas mudanças assim precisem ser feitas e é isso o que ocorre. A essência da história foi mantida, sendo que em ambos Pat passou um tempo internado em um hospital psiquiátrico, mas a duração foi totalmente diferente. Os personagens apresentam certas características próximas, mas não iguais, algumas situações vivenciadas foram parecidas, mas o rumo que elas tomavam eram outros, a participação de alguns personagens ocorreu de uma forma totalmente oposta, principalmente o modo como vemos a relação entre filho e pai amoroso, coisa que não existe nem de perto no livro, já que seu pai é distante e quase não dirige a palavra ao filho, nem a mulher (no livro eu não o suporto, mas no filme eu o adoro!), o irmão no filme também é um babaca, coisa que no livro ele não é, pelo contrário, é super legal.
Mesmo com essas e outras mudanças, o filme teve um roteiro muito bem escrito e consegue passar uma realidade para quem está assistindo sobre o que se passa com os personagens de uma maneira muito bem feita, claro que isso também pode ser notado devido a ótima interpretação dos atores escolhidos para os papeis, que deram o tom certo a eles, passando emoção e diversão na medida perfeita.
Uma outra característica que eu preciso comentar é que, como disse anteriormente, gostei da curiosidade que Matthew despertou no leitor sobre o que realmente aconteceu no passado de Pat, e isso não ocorre no filme, já que logo no começo sabemos o que o levou a ficar assim, e acho isso uma pena. Então aconselho que leia primeiro para não perder a graça a respeito dessa revelação.
Estou dando quatro casinhas na minha nota ao filme não porque ele é ruim, mas porque o livro é melhor e mais profundo, então eu esperava um pouco mais do filme. E, apesar de melhorar da metade para o final, eles apresentam finais bem diferentes.
Com diálogos inteligentes, performances admiráveis (tanto é que Jennifer Lawrence recebeu o Oscar por sua atuação), uma história comovente ao mesmo tempo em que diverte e tem um certo clima de comédia romântica, indico muito o filme também.
Uma ótima novidade para quem vai à Bienal do Rio esse ano é que o autor, Matthew Quick vai estar presente. Ainda não há uma data certa, mas será ótimo poder conhecê-lo e pegar um autógrafo.
Avaliação
Livro: 



Filme:


Vencedor: Livro
Considerações Finais: Indico ambos, mas por favor leia o livro primeiro para não estragar nenhuma surpresa.
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Os 13 Porquês - Jay Asher


"O que leva uma pessoa a cometer suicídio?"
Em um dia comum Clay Jensen encontra em sua porta uma caixa com seu nome, sem nenhum remetente. Dentro dessa caixa haviam 7 fitas cassete, todas com marcações em cada um de seus lados, uma numeração de 1 a 13. E, assim que, por curiosidade, colocou a primeira fita para tocar sua vida mudou.
A voz que ele reconheceu nas fitas pertencia a Hannah Baker, sua colega de escola, pela qual ele era apaixonado e que cometera suicídio apenas duas semanas antes. Cada um daqueles 13 lados das fitas continha um nome, uma pessoa, uma história. Cada uma daquelas histórias contadas por Hannah são os motivos pelos quais ela cometeu suicídio e só quem sabe disso são as pessoas que ela escolheu para ouvir aquelas fitas, protagonistas de cada história e que de uma forma ou outra contribuíram para a decisão dela. Clay tem apenas que seguir duas regras:
1ª Escute todas as fitas.
2ª Repasse as fitas para a pessoa citada após você na ordem das histórias, e se não fizer isso outras cópias das mesmas fitas, que contêm relatos de coisas extremamente pessoais de cada pessoa da lista, irão chegar às mãos de toda a cidade.
Clay passa a percorrer a cidade com um mapa que ele descobre ser parte das histórias contadas nas fitas enquanto as escutava, sem saber por que está nessa lista e quem são as outras pessoas incluídas nela. Atordoado pelas coisas que descobre e pelos 13 motivos de Hannah.
Nunca havia lido nada desse autor ou do assunto tratado nele e me interessei muito. Bullying, amizade, falsidade e depressão são os principais focos da história, relatada no contexto de jovens estudantes. É uma história que não foge nem um pouco da realidade atual, e que poderia ter realmente ocorrido.
A história é narrada por Clay, mas enquanto lemos os pensamentos e ações dele, também escutamos todo o conteúdo das fitas de Hannah com ele. Sendo assim, apesar de ela estar já estar morta desde o começo do livro, conseguimos nos conectar com ela, sentindo sua história e seus sentimentos por meio da narração das fitas.
Os motivos podem parecer um pouco bobos no começo, e por isso muitas pessoas não gostam de Hannah, porém, assim que a bola de neve começa a crescer, coisas mais sérias vão sendo descritas e é possível perceber que não há nada de superficial na situação da garota. Clay também sente isso, e a cada fita que ele ouve fica mais espantado com as coisas que descobre.
Uma mistura tão grande de sentimentos que envolvem as personagens principais, tais como depressão e perda, precisariam ser muito bem trabalhadas e isso acontece no livro. Não há como não se sentir como parte daquilo, querendo sair para abraçar Clay em todos os momentos e pedir que o tempo volte e a vida de Hannah possa ser melhor. É angustiante, porém encantador.
Realmente não há um final feliz, e sim um final que explora bem o tema e a lição passada pelo livro. Nossas ações não tem consequência apenas na nossa vida, mas também na de algumas das pessoas que nos cercam e algo banal para você pode fazer parte de algo muito maior, que em casos extremos leva a fins drásticos. É o típico drama vivido pelos adolescentes, feito de uma forma ótima e muito real.
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Promessa de Sangue - Vampire Academy #04 - Richelle Mead


Depois de postar as resenhas dos três primeiros livros da série Vampire Academy (O Beijo das Sombras, Aura Negra e Tocada pelas Sombras. Para ler as resenhas deles, basta clicar nos títulos) e vocês comentarem que o quarto livro valia a pena eu corri ler Promessas de Sangue, da autora Richelle Mead, pela editora Agir, 4º livro da série. A resenha a seguir pode conter spoilers, visto que a série já caminhou bastante nessa altura de campeonato.

A trama gira em torno de Rose Hathaway, dampira que está quase se formando guardiã, mas que depois dos ataques a Academia São Vladimir que abalou o mundo Moroi, não consegue voltar a sua antiga rotina. Tudo por conta de uma promessa, uma promessa a ninguém menos que Dimitri Belikov.

Rose deve escolher entre permanecer com Lissa, sua melhor amiga e futura protegida ou a morte do homem que ama. Para cumprir sua promessa ela deve ir para Rússia em busca de Dimitri, mas quando chegar a hora de agir ela será capaz de fazer o que deve? Ou vai abandonar tudo que acredita na esperança de viver eternamente o amor?

O que dizer desse livro que pegou meu coração e jogou na parede rs?! Mead continua com sua excelente narrativa de tirar o fôlego, narrado sob o ponto de vista de Rose, alternado com cenas do cotidiano de Lissa através do laço com Rose (achei ótimo ela conseguir manter uma história paralela tão distante da principal de forma a parecer que não existia um oceano que as separava!) tudo continua como já era, surpreendente.

A história se passa na Rússia, e eu confesso amei! Viajar através do país, desde São Petersburgo até a pequena vila de Baia me deixou encantada. Acho a Rússia uma país muito interessante, a cultura e o jeitinho dos russos estava lá na linhas. Conhecer a família dos Belikov foi muito fofo, não consigo encontrar melhor palavra para isso. Explorar uma país tão pouco abordado nos livros YA é um ponto mais que positivo.

Rose está mais focada do que nunca, apenas quer cumprir sua promessa, custe o que custar, ou seja, até se isso significar sua própria morte. Entretanto sua obsessão faz com que ela perca de vista um pouco da realidade. Ela já sabe o que vai encontrar quando finalmente achar Dimitri, e mesmo assim quando o faz cai na tentação do moço (tudo bem todas nós entendemos!). Sua viagem possibilita não só que ela resolva parcialmente sua relação amorosa como também reveja sua vida, valorize o que deixou para trás e pense nas suas relações.

Lissa não aparece com frequência, ela está desamparada sem Rose ao seu lado, e não percebe que tem algo errado bem ao seu lado. Adrian mostra que embora tenha uma máscara fútil realmente se importa com Lissa e Rose, e no fim é um garoto descente. O garotinho ganhou estrelinhas comigo =P

Diversos personagens secundários surgem ao longo do livro, o destaque fica por conta dos membros da família Belikov, que me despertaram paixão instantânea! O modo de vida deles, e como reagiram ao acontecimento a Dimitri, além do modo como receberam Rose que foi lindo.

Mais ou menos no meio do livro se dá o encontro de Rose com Dimitri, e eis o problema do livro para mim. Uma vez que eles se 'entenderam' as cenas se arrastaram. A nova versão Dimitri é irritante, e perdeu muito do que era de tirar o fôlego, no fundo ainda existe e está lá, mas confesso que não via a hora que ele sumisse das páginas (pois é =/, mas há uma contradição em mim, pois quando parecia que ela se livrava dele eu ficava triste! ).

Uma vez que eles se 'despedem' a ação volta com tudo, o modo como ela ajuda Lissa, como resolve sua própria situação conhecendo mais sobre seus proderes, e o gancho para o próximo livro  Laços do Espírito, me fez sorrir novamente e querer desesperadamente o próximo livro. Será que Rose vai conseguir alcançar seu objetivo? Torço desesperadamente para que sim!

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Antídoto – Drica Pinotti


Nesse título conhecemos a protagonista Amanda Loeb, que é linda, descolada e bem-sucedida, ela só tem um pequeno problema: é hipocondríaca. Você por acaso conhece alguém que é super viciado em descobrir sobre tudo quanto é doença e ainda por cima cismar que sente os mais diversos sintomas e que por isso que está tendo alguma doença grave, talvez até fatal? Mesmo que a pessoa não tenha absolutamente nada e ainda vá a um milhão de médicos e faça muitos exames para comprovar isso? Pois é, então você com certeza conhece alguém como Amanda.
Tudo estava indo bem em sua vida, com um emprego ótimo e novo namorado super fofo, mas ele está abrindo um restaurante em Paris e está sempre viajando para o local e trabalhando perto de Anabelle, aquela linda mulher com corpo de modelo que ainda por cima é inteligente e a arquiteta contratada por ele para esse novo projeto. É claro que Amanda começa a pensar que tudo isso serve de base para um caso de amor entre eles. Para piorar, seu chefe adorado vai ser substituído por alguém novo e ela está quase tendo um treco de nervoso para saber como ele é e o que será que vai acontecer com ela agora.
E como nem tudo são flores na vida de nossa protagonista, uma novidade da qual ela não estava esperando “bate à sua porta”. O que ela vai fazer? Como se comportar diante dessa situação e ainda por cima se controlar, já que é hipocondríaca?
Quando comecei a ler esse livro, não sabia que ele era a sequência de “A Pílula do Amor”. Admito que parte desse erro foi meu por não ter procurado informações antes da leitura ser iniciada, mas não há qualquer informação na sinopse desse volume que diz que ele seja uma continuação, então nem pensei em procurar sobre isso, claro. Acho que foi um erro da editora não colocar esse detalhe em nenhum local da capa, mas como já tinha começado a ler, resolvi continuar mesmo sem ter lido o primeiro.
Apesar de não ter lido o livro anterior, não tive nenhum problema em entender a história e nem parece que esse seja uma continuação de uma obra que já começou anteriormente. Então se você por acaso tem esse livro, mas não o anterior, acredito que possa ler tranquilamente como eu fiz, pois não vai ter nenhum problema com a leitura.
Gostei muito da narrativa da autora, a leitura flui de uma maneira ótima e quando percebemos o livro já chegou ao fim, com aquele gostinho de quero mais. Fora que a história é leve, tem pitadas cômicas e amor, tudo escrito com uma linguagem simples e direta.
A única coisa que me incomodou foi que Amanda repetia muito que ela era hipocondríaca, em qualquer situação nova que ela passava ou pensava, ela voltava a reafirmar que tem esse distúrbio, justificando suas atitudes por causa dele o tempo todo, e achei isso desnecessário.
Adorei o final, achei muito fofo! Principalmente porque geralmente vemos, em chick-lits e comédias românticas, que o casal se “separa” por algum motivo e é o homem que faz alguma loucura de amor para ir atrás dela e fazer tudo voltar a ficar bem, mas no caso desse livro quem faz a burrada e tenta corrigir é justamente a Amanda, o que também é justificável por causa da personalidade dela, e eu achei isso ótimo, coerente e realista.
Apesar de ter gostado da Amanda, meu personagem preferido foi o Brian. Ele não é apenas um ótimo namorado, como também uma ótima pessoa. Fora que é lindo, paciente, tem um corpo daqueles, fofo e, com certeza, é (ou será) super desejado pelas leitoras. Hahaha
Me diverti com as situações pelas quais a protagonista passou e algumas me fizeram rir bastante. Mas elas também fazem o leitor abrir os olhos para o que é ser hipocondríaco, o que, infelizmente, atinge diversas pessoas por aí. Achei ótimo que a Drica tenha trazido algo sério para ser tratado de uma forma mais leve ao mesmo tempo em que faz com que saibamos mais sobre ele. E espero que ela tenha conseguido fazer com que quem ainda não respeitava pessoas hipocondríacas, agora passe a respeitar.
A capa é muito linda e tem o estilo de “A Pílula do Amor”, apesar de serem bem diferentes. Há uns detalhes em verniz localizado que deram um certo charme a mais, e também amei as cores utilizadas, inclusive na lombada, tudo ficou bem fofo. Só não gostei da diagramação interna do livro, as letras estão em um tamanho pequeno e o espaçamento não está muito bom, sobrando muita margem nas laterais, tudo isso somado pode incomodar na hora da leitura, principalmente por conta das páginas brancas. A parte fofa fica por conta dos detalhes em cada começo de capítulo e perto do número de todas as páginas.
Recomendo a leitura para quem busca um chick-lit leve, descontraído e com pitadas engraçadas, mas que também trata de um assunto sério que não é muito abordado em livros do estilo.
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Só o Amor Consegue – Zibia Gasparetto


Quando paro para ler um livro de Zibia Gasparetto, me sinto tocada por uma forte emoção que se torna difícil passar através de alguma descrição. São sentimentos fortíssimos que vão além da compreensão, fico em êxtase, me sinto perto de seu mentor espiritual Lucius (amigo de Zibia desde a época que ambos viveram no Egito, como foi dito por Chico Xavier e citado nesse livro), que nos conforta com romances belíssimos.
“Só o Amor consegue”, como o título sugere, fala de um sentimento, o maior ao meu entender, o amor. Como ele surge em nossas vidas por diversas formas. Ah, o amor! É esse sentimento maravilhoso que ganha destaque nessa obra magnífica em forma de romance mediúnico.
 Esse romance em especial conta a história de Margarida, que muito cedo ficara órfã de mãe e posteriormente do pai, Mario, que trabalhava no setor de vendas de uma grande empresa e vivam com conforto. Como não tinha ninguém mais, a não ser Maria, a moça que cuidava da criança quando o pai ia trabalhar e que não tinha como sustentá-la agora, foi enviada a um orfanato quando tinha apenas seis anos de idade em uma cidade do interior, já que seus bens ficaram congelados até que ela completasse a maioridade.
Aos 12 anos, foi adotada por um casal cujo marido era um político influente, e a mulher tinha feito uma promessa de que iria adotar uma criança quando tivesse ficado grávida, já que estavam tentando há bastante tempo, e que finalmente aconteceu. A adoção foi fácil, pois a menina já tinha uma idade mais avançada e a maioria das crianças adotadas são mais novas.
Margarida se apegou muito a sua nova irmã, que passou a ser sua companheira para tudo. Foi crescendo um amor enorme entre elas, que se firmava cada vez mais. Sua mãe adotiva ficava longe dela e de sua irmã, pois só ficava pensando em seu marido, que viajava bastante e não parava muito em casa, fazendo com que as duas meninas se aproximassem cada vez mais.
Com simplicidade, a vida desse jovem casal é contada de forma suave, mesmo com as desconfianças de sua esposa, que, obsequiada por um espírito do passado, vivia com desconfiança do marido, apesar dele amá-la muito. O pai, Fernando, muitas vezes ausente, tentou ajudar suas filhas na educação, no carinho, no respeito, no trato com coisas simples, e sempre com muito amor, e gostava das duas igualmente, sem diferenças, mesmo uma sendo adotada e a outra filha legítima.
Os anos nessa família são passados e a trama vai seguindo seu rumo. Em paralelo, temos a história dos padrinhos de sua irmã, que viviam muito bem até acontecer algo que os afastou, deixando todos muito tristes com esse episódio. Só que, como o amor fala mais alto, vamos encontrar um desenrolar bem legal, mostrando novamente a força desse sentimento, mesmo com a passagem dos anos.
Também acompanhamos a fase adulta de Margarida, seu relacionamento amoroso, seus projetos de vida e a execução deles, voltados, principalmente, para a espiritualidade, tudo envolto com muito amor.
Quando tem que acontecer, coisas acontecem e transformam nossas vidas e nos fazem amadurecer muito. Todos nós precisamos passar por momentos em nossas vivências, temos que subir degraus, mesmo que diversas vezes tenhamos que começar tudo de novo. Isso faz parte da nossa passagem por esse mundo, e mesmo que tenhamos livre arbítrio, muitas vezes situações fogem de nossas mãos e sofremos por isso.
Gostei dos personagens envolvidos na trama, com destaque para Margarida, que é uma protagonista alegre, cheia de vida, e muito positiva em sua maneira de agir, sempre com uma palavra de afeto para os outros. No começo ela fica bem retraída por conta de sua relação com Dora, a mãe adotiva, mas com o tempo essa situação foi se revertendo e Margarida ficou mais solta.
Essa história é encantadora e eu achei muito bonita, porém esse não é o melhor livro da escritora. Se você ainda não conhece nenhum trabalho dela, aconselho que comece por outros títulos.
A capa é de uma simplicidade ao mesmo tempo em que é linda, o título em dourado dá um toque melhor e chama mais atenção. Para mim, as flores encontradas na capa e também na primeira página do livro, dão a impressão de transmitir a grandiosidade do amor. 
A diagramação está muito bem feita, com uma fonte enorme e com um ótimo espaçamento, proporcionando mais facilidade na hora da leitura, mesmo com as páginas brancas. Logo no começo do livro, antes mesmo de começar a história, encontramos um texto sobre a autora, com direito a foto, e em seguida lemos sobre o seu mentor espiritual Lucius, ilustrado com uma pintura de seu rosto. Achei muito interessante ler essa mini biografia dela e o breve comentário sobre ele, pois me aproximou mais dos autores.
Com uma linguagem mais simples e direta, contendo muitos diálogos, Zibia no conquista mais uma vez com sua mediunidade e sua força espiritual, mostrando porque é a autora tão consagrada que todos nós já conhecemos de suas obras anteriores.
Para finalizar, gostaria de comentar uma descoberta que fiz recentemente com vocês, e que me deixou bem feliz. Agora podemos ter acesso direto à Zibia ou a outros escritores da Editora Vida e Consciência, acessando a ACTV (Alma e Consciência Web TV), que é um projeto da editora com uma programação voltada para a espiritualidade, cheia de programas (vídeos) voltados para o tema. Não deixem de assistir, acessando o site: www.almaeconscienciatv.com.br/
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Just Listen – Sarah Dessen


Sabem quando um livro entra para sua lista de desejados desde que você lê a sinopse? E quando você tem certeza de que vai gostar de um livro antes mesmo de ter lido a primeira página? Então, Just Listen foi esse tipo de livro para mim. Faz tanto tempo que eu tinha vontade de lê-lo que nem lembro ao certo quando foi meu primeiro contato com ele.
Por algumas razões, demorei muito para finalmente comprá-lo. Dessa forma, assim que tive o livro em mãos pela primeira vez, comecei minha leitura. A maior desvantagem de criar altas expectativas para determinado livro é que podemos nos decepcionar.  Felizmente, não foi isso que aconteceu comigo. Just Listen atendeu todas as minhas expectativas e, como esperado, entrou para minha lista de livros favoritos.
Just Listen tem como protagonista a jovem Annabel Greene, que após ser flagrada em uma festa com o namorado de sua melhor amiga Sophie, foi deixada de lado e teve a conhecida fúria de sua ex-amiga voltada para si.  Acostumada a evitar conflitos e a omitir tudo o que pudesse causar raiva nas outras pessoas, Annabel se calou sobre o acontecido e guardou para si o peso da verdade.
Depois do que aconteceu na festa, a vida de Annabel mudou. Antes acostumada a seguir Sophie, agora ela estava sozinha. É essa solidão que a aproxima de Owen Armstrong, um garoto com fama ruim que estava sempre com seus fones de ouvido.
Ao contrário de Annabel, Owen é sincero sempre. Enquanto Owen tenta controlar seus momentos de raiva, graças ao tratamento para Gerenciamento de Raiva que fez após o episódio responsável por sua má fama na escola, Annabel guarda tudo para si e não sabe lidar com esse tipo de sentimento.
Embora opostos em diversos aspectos, a amizade entre os dois vai ajudando Annabel a superar seus maiores medos e a aprender a ser sincera, mesmo que sua sinceridade possa magoar as pessoas que ela ama. Tudo acontece aos poucos. É possível perceber como os sentimentos entre eles vão crescendo a cada nova conversa e como Annabel consegue ser sincera quando está com Owen. As conversas entre eles, que na maioria das vezes eram sobre música, foram as cenas do livro que mais me encantaram.
“Ah. – ele olhou a lista de músicas. – Mas ela tem bom gosto. Quero dizer, tem Led Zeppelin aqui, mas pelo menos não é “Stairway to Heaven”. Na verdade - ele disse, parecendo estar impressionado – “Thank you” é a minha música favorita do Led Zeppelin.
- Sério?
- Sério. Tem uma coisa de balada romântica brega. Meio irônica, mas verdadeira. Posso colocar?
- Claro. – respondi. – Obrigada por perguntar.
- Você tem que perguntar – ele disse, colocando o CD no aparelho. – Só um verdadeiro babaca toma liberdades com o som do carro de outra pessoa. Isso é sério.”  Pág. 125
Owen é apaixonado por música e tem um programa de rádio no qual toca canções desconhecidas pela grande massa que, segundo ele, agradam as pessoas “iluminadas”. As referências musicais são outro ponto positivo do livro. O trabalho de Annabel e de suas irmãs como modelo também tem considerável importância na trama. A história deixa uma questão a ser pensada: até que ponto o que parecemos ser é igual ao que realmente somos?
“Eu queria dizer para ela naquele exato momento que isso não era verdade. Que eu estava longe de ser a garota que tem tudo. Que nem era mais aquela garota nas fotos, se é que algum dia eu fui. A vida de ninguém é daquele jeito, feita apenas de momentos gloriosos, principalmente a minha.” Pág. 178
Sobre os personagens, posso dizer que são bem construídos, principalmente no que se refere à família da protagonista. A família de Annabel e como seus membros lidam com os problemas, principalmente com relação ao distúrbio alimentar que uma das irmãs dela está enfrentando, acrescenta valor à trama.
“Era muito provável que nós nunca voltássemos a ser como éramos, 
mas pelo menos estávamos juntos”.
Annabel tem seus motivos para ser introspectiva, mas apesar das dificuldades é bom ver como ela vai crescendo como pessoa. Me identifiquei em alguns pontos e torci muito por ela durante toda a história. Owen é um personagem adorável, daqueles que dificilmente serão esquecidos. As irmãs da protagonista, Whitney e Kirsten, tem grande importância na história e colaboram para torná-la ainda melhor. Os personagens são tão bons, que até mesmo os que não têm tanta importância ganharam minha simpatia.
O livro não poderia ter um título mais adequado. “Just Listen”, ou “Apenas ouça”, descreve bem a história, que tem como protagonista uma garota que sempre guardou tudo para si, mas que aprende aos poucos e com muita dificuldade o quanto é importante colocar essas coisas para fora.
No Brasil, o livro foi lançado com o subtítulo “A Garota que esconde um Segredo”. Confesso que o segredo ao qual esse subtítulo se refere não me surpreendeu, mas o percurso até que ele seja finalmente revelado tem ainda mais importância.
A capa não me agradou, apesar de achar boa a ideia da garota escondida atrás do que eu acredito ser uma porta, a modelo da capa não é nada parecida com a Annabel da minha imaginação. O livro tem alguns erros de revisão, mas nada que atrapalhe a leitura.
A narrativa da autora é excelente e o modo como ela conduz a trama é envolvente. O livro é narrado em primeira pessoa pela Annabel, que intercala o presente com algumas lembranças marcantes. É o primeiro livro da Sarah Dessen que eu li, mas espero que seja o primeiro de muitos.
Não preciso nem dizer que recomendo MUITO esse livro, né? Para os que gostam de uma boa história, com temas fortes, boa narrativa e personagens marcantes, Just Listen é mais do que recomendado.
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Reviravolta – Michael Connelly

Essa obra é um romance policial investigativo e o primeiro livro que leio do autor e, acreditem, fiquei muito encantada. Do começo ao fim, você sente que quando há cenas do julgamento você faz parte dele, e se emociona devido a maneira como é conduzido, já que é bem forte.
Em “Reviravolta”, temos uma história que gira em torno da condenação de um homem, Jessup, que ocorreu há 24 anos, preso pelo assassinato de uma menina com seus 12 anos. Ele, nesses anos todos, tenta mostrar que sua prisão foi um engano e consegue, com isso, outro julgamento baseado em provas do teste de DNA feito posteriormente porque na época esse teste não era tão válido como atualmente, então ele não tinha tido muita importância na resolução do caso.
O Estado, no entanto, não acredita em sua inocência e começa a montar um esquema para incriminá-lo novamente. Com isso, chama para ser promotor nesse caso um advogado de defesa que se intitulava “defensor dos malditos”, Mickey Haller, que sempre se saiu bem em suas defesas. No começo ele fica meio confuso com tal convite, mas com a ajuda do seu meio-irmão, o detetive Harry Bosch, e de sua ex-esposa, assistente da promotoria, Maggie McPherson, eles lutam para provar que foi mesmo Jessup quem assassinou a vítima. Mesmo o caso vindo carregado de perigo e fadado ao fracasso.
O livro é todo voltado para o crime, mas tem um enfoque muito grande na parte do julgamento, então advogados, promotores, juízes e detetives são peças-chave nesse tabuleiro. O que mais me chamou a atenção, no entanto, foi a coragem e a determinação do detetive Harry Bosch. Sem ele o livro não teria a história de realidade e luta desse policial, e poucos são assim e os que são, são dignos de orgulho e se muitos se inspirassem nele talvez muitos casos fossem mais rápidos de serem resolvidos. 
A narrativa é dividida entre dois protagonistas, alguns capítulos são narrados em primeira pessoa por Mickey e os outros em terceira pessoa, mas acompanhando Harry. Eu gostei desse recurso utilizado pelo autor porque eu pude acompanhar mais a fundo os acontecimentos.
A diagramação da Suma de Letras está muito bem feita, com páginas amarelas, e a fonte com um ótimo tamanho, proporcionando uma leitura muito confortável. Essa capa não faz muito meu estilo não, mas a impressão que eu tenho é que as tonalidades de azul e laranja representam uma dualidade, como o bom e o mau. Também dá a sensação, por ter uma imagem borrada representando movimentação, de que é uma leitura dinâmica e ágil, o que podemos perceber com clareza durante as páginas.
O fim é surpreendente e indico muito essa obra para quem gosta do estilo. Você sabe quando a leitura vale a pena quando, mesmo com suas 379 páginas, fica aquela saudade depois de fechar a última página do livro.
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Na Minha Caixinha de Correio #19


Oii gente! Hoje é dia de vídeo Na Nossa Caixinha de Correio #19 e mostramos os últimos livros que recebemos e compramos. Esperamos que gostem! =D

No vídeo, falei de uma dica muito legal de um site que encontrei há pouco tempo, o CupoNation, que oferece descontos em muitas lojas online, inclusive para livros. Mostrei um livro que comprei utilizando um desconto do site e ele saiu bem mais em conta do que seria se tivesse comprado em outro lugar.
No CupoNation você pode escolher a categoria ou a loja que deseja e encontrar descontos ótimos. Caso queria conferir o site e fazer umas comprinhas, segue o link: http://www.cuponation.com.br
Citados no vídeo:
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A promoção é valida até 28/04/2012.


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Belezas Perigosas - Gemma Doyle #01- Libba Bray


A leitura de hoje é histórica e sobrenatural, um gênero que costuma me acertar em cheio quando bem explorado. Infelizmente não foi bem o caso de Belezas Perigosas, da autora Libba Bray, da editora Rocco, primeiro volume da trilogia Gemma Doyle. Na trama conhecemos Gemma Doyle, um garota de dezesseis anos que após a morte da mãe na Índia em circunstâncias estranhas é mandada para a Inglaterra para estudar na tradicional escola para moças Spence.

Entretanto, Gemma não é como as demais moças que sonham com um bom casamento, ela tem um dom, um dom que a fez ver a morte da mãe, e prever outros acontecimentos ao seu redor, assim como viajar entre os reinos. Diante de sua nova condição na escola ela tem que lidar com as novas amigas, o dom e as visitas de um estranho, Kartik, que parece saber mais sobre ela do que ela mesma.

Gemma não é o tipo de garota que esperamos encontrar no século XIX, embora ela conheça as regras da sociedade não busca pelas mesmas coisas que as demais garotas. Talvez sua criação na Índia tenha feito a diferença, mas o fato é que ela é vanguardista, não teme ficar mal falada ou fazer feio na frente de ninguém. E melhor do que fazer o que quer, ela sabe colocar as máscaras necessárias e fingir dançar conforme a música.

A culpa que carrega pela morte da mãe não a abandona, e marca seus atos. A sombra da mãe é parte de si, até o momento que começa conhecer sua história. Gemma nunca teve amigas, então suas primeiras amigas em Spence demoram a entrar nos eixos. O que as une é a vontade de viver além da cerca, de não fazer o que é esperado delas.

Felicity é uma garota mimada que finge ter a vida perfeita, mas que na verdade tem uma história de abandono como marca em sua vida. Faz de tudo para conseguir fama e status, mas no fundo tem um bom coração, mas bem no fundo! Até o momento ainda não cheguei a conclusão se ela é ou não amiga de Gemma, é uma relação que se deu em circunstâncias de segredo e depois de interesse.

Pippa é a menina mais bonita de Spence, desperta atenção de todos, mas seus pais parecem já ter escolhido seu caminho. Isso a mata aos poucos, e quando conhece os poderes de Gemma se vê diante da possibilidade de uma liberdade que jamais conheceu.

Ann é a bolsista de Spence, é ignorada por todos e sente-se a última bolacha do pacote. Quando Gemma a traz para o grupinho das populares ela demora a encontrar seus valores, mas uma vez que autoestima surge uma força interior brota. Não gostei muito da personagem, ela é muito sonsa, e não boazinha como esperado.

Kartik é um enigma, até agora não sei dizer qual a dele. E isso é um ponto que me incomodou no livro, faltam informações a cerca do que afinal ele faz parte, e porque o grupo que ele faz parte acredita que os poderes de Gemma não podem ser usados. As falas do personagens são breves e vagas, ou seja, fica por conta da imaginação o que ele é, e o que ele afinal sente por Gemma.

A narrativa é feita em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Gemma. O livro conta com uma diagramação simples e um capa muito charmosa. Bray escreve bem quanto a descrição de lugares e criação de personagens, mas como citei senti falta de maiores dados sobre o poder de Gemma e toda a 'mitologia' que a acompanha. Este fato fez com que as páginas se arrastassem um pouco para mim. O livro simplesmente não funcionou porque não fornecia pistas suficientes.

Mesmo diante deste defeito, o desfecho foi interessante porque trouxe maiores detalhes e uma reviravolta que muda a visão de Gemma da mãe e dos poderes que possui. O finalzinho do livro trás uma reflexão interessante acerca da sombra (um conceito junguiano, o que seria como um lugar sombrio de nossa mente onde reprimimos tudo que não queremos ter contato, claro tudo isso de maneira inconsciente), sobre sermos capazes de fazer qualquer coisa.

Afinal somos capazes de criar e destruir, de amar e odiar, e o fato de reconhecermos isso em nós que faz com que possamos controlar nossos impulsos mais sombrios, ou primitivos. E não fingir a bondade sem reconhecer a maldade inerente a raça humana. Ser bom, ou fazer escolhas corretas é vencer uma guerra dentro de si, é escolher fazer do mundo um lugar melhor, e não necessariamente o que é melhor para você.

Belezas Perigosas é um livro bom, mas que faltou liga para mim. Vale para todas as pessoas que gostam de romances de época com pitadas de magia. Sua continuação Anjos Rebeldes já foi publicado pela Rocco, e já está aqui na minha prateleira me esperando, mas confesso que pela grossura dele, e pela experiência lenta de Belezas Perigosas deve demorar a ser lido. O terceiro livro Doce e Distante também já publicado fecha a trilogia.

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Pandemônio – Delírio #02 – Lauren Oliver


Essa resenha vai apresentar o mínimo de spoilers dos acontecimentos do primeiro volume, pois seria impossível falar do que acontece nesse sem citar absolutamente nada do anterior. Mas podem ficar tranquilos que são apenas alguns detalhes na parte em que explico a história. Quem não gosta de saber absolutamente nada, aconselho que não leia essa resenha ou pule até a metade, e também não leia a sinopse oficial desse livro.
Caso você tenha interesse em ler minha resenha de Delírio, primeiro volume desta trilogia, é só clicar no título. Ao lê-la você também vai perceber o quanto eu amei a leitura dele, como estava ansiosa para ler Pandemônio e o quão altas as minhas expectativas estavam, e só posso confirmar o seguinte: além de serem atingidas, elas foram ultrapassadas. Então se você ainda não começou a ler essa magnífica trilogia eu só que uma coisa a dizer, você não sabe o que está perdendo!
Depois daquele cliffhanger (é aquele gancho utilizado pelo autor, sendo que o último acontecimento do livro não tem uma conclusão, e você termina a leitura muito ansioso para saber o que vai acontecer em seguida) magnífico no final de Delírio, Lena vai, sozinha, em direção à Selva e, consequentemente, à liberdade de não precisar ser curada da doença amor deliria nervosa. Ela, então, acaba contando com a ajuda de um grupo de pessoas que a acolhe quando estava à beira da morte.
Agora ela precisa aprender modos de sobrevivência, principalmente porque as pessoas vivem sem muitos recursos, seja em termos de alimentação, moradia, remédios, entre outros, em locais abandonados e destruídos pelo governo, longe de tudo e todos que conhecia anteriormente. Infelizmente, em meio a tantas dificuldades também há muitas mortes.
A partir desse momento Lena se sente dividida em dois, a Lena do passado e a do presente, e precisa esquecer o que deixou para trás, já que nada vai voltar a ser o que era antes, e tem que buscar encontrar uma forma de viver no agora e no depois, em meio a um sistema cada dia mais opressor e a uma iminente revolução.
Com uma narrativa em primeira pessoa, sendo intercalada entre antes e agora, podemos entender o que aconteceu com Lena desde o momento em que ela fugiu de Portland até o que está acontecendo agora que ela está em Nova York.
Nos capítulos iniciados com Antes vemos as dificuldades que ela enfrentou em meio a tudo de novo que estava vivendo, lutando pela sobrevivência junto com um grupo que vai ajudá-la a se adaptar a essa nova vida, e nos capítulos do Agora conhecemos mais a fundo a organização ASD (América sem Deliria), que é de grande importância para as pessoas a favor da cura, mas também para a Resistência e aqueles que estão infiltrados nas cidades.
Gostei muito de poder acompanhar a narrativa dessa maneira, já que Lauren conseguiu intercalar de uma forma que deu para entender tudo sem deixar nada esquecido. Eu não posso escolher qual parte eu gostava mais de ler, já que cada uma delas acabava de uma maneira que você precisa saber o que ia acontecer em seguida, mas aí era cortada para o outro espaço de tempo, que acabava da mesma forma, então ficava cada vez mais instigada a continuar lendo, e isso é ótimo.
O único ponto que eu me incomodei, mas nem foi algo ruim só acho que ficou faltando um complemento, é que a partir de certo momento a narrativa só é passada no Agora até o final do livro, mas não explica como exatamente os personagens chegaram realmente nesse momento, então senti falta de uma explicação maior.
Se você acha que nesse volume a narrativa continua com o ritmo da anterior, focando muito no romance e nos sentimentos dos personagens, está bem enganado. Em “Pandemônio” a narrativa está mais ágil e repleta de acontecimentos instigantes que fazem com que os personagens nunca fiquem parados, ou seja, é ação do começo ao fim.
Adoro a Lena e a acho uma protagonista ótima, principalmente nesse livro que ela está mais corajosa. Gostei muito de poder acompanhá-la, tanto em seu passado quanto em seu presente, e curti demais conhecer os diversos personagens novos que foram introduzidos à trama e só espero que eles ainda voltem no último livro.
Julian, o personagem masculino que foi introduzido nesse volume é sensacional. Também podemos ver uma grande mudança nele desde a primeira vez em que aparece na história até a última página do livro e eu achei ele muito bem construído e com um desenvolvimento incrível, fora que apresenta muitas qualidades que com certeza fazem dele alguém bem especial.
Lauren fez uma coisa incrível que eu pensei que não aconteceria, ela construiu dois personagens masculinos tão opostos, mas ao mesmo tempo tão desejáveis que me fez gostar de Julian tanto quanto gosto de Alex, e pensei que isso seria impossível. Sinceramente não sei para qual dos dois pretendentes eu estou torcendo, apesar de serem bem diferentes entre si, gosto deles igualmente e vou ficar feliz com a escolha de Lena, seja ela qual for. Esse é um ponto extremamente importante para mim, porque sei que não vou ficar decepcionada no último livro, como aconteceu com outra série da qual eu gostava muito.
Aliás, se tem uma coisa que Oliver sabe fazer, além de criar toda uma trama muito gostosa de acompanhar, com o desenvolvimento ainda melhor, são os personagens. Todos eles são muito bem escritos, com características próprias, bem reais e bem desenvolvidos.
Gostei do rumo que esse livro seguiu, já que foi bem diferente do anterior e, com isso, conseguiu inovar mais uma vez, também acabou me surpreendendo em muitos momentos e ainda me conseguiu me conquistar tanto quanto o primeiro. Achei interessante que ela resolveu focar em outros pontos além do amor em si, como anteriormente, para entendermos mais sobre como a sociedade funciona e o que mais se esconde pelas margens das cidades. Claro que ainda tem muita coisa que precisaremos tomar conhecimento no último livro e estou ansiosa por isso.
Uma característica da escrita de Lauren que eu gosto muito é que tudo que acontece é interligado a alguma outra parte da história de uma maneira muito bem feita e coerente, nada ocorre sem algum tipo de propósito que será explicado futuramente, não deixando espaço nenhum para confusão ou situações mal resolvidas.
Adorei o final desse volume, e fiquei super curiosa para saber o que vai acontecer em seguida. Esse livro apresenta um começo e um fim, ao mesmo tempo em que deixa diversas coisas no ar para serem desenvolvidas no próximo e último livro da trilogia, e eu espero encontrar diversas respostas e estou com as expectativas lá no alto para Requiem, que acaba de ser lançado lá fora, mas ainda vai demorar a chegar ao Brasil.
Achei super legal que a editora Intrínseca tenha feito a capa de versão nacional seguindo a linha do primeiro volume. Eu sei que a foto por trás das letras é a mesma do anterior, mas ainda assim é muito melhor do que se eles tivessem produzido uma capa sem nenhuma ligação com a primeira, como aconteceu lá fora e como é feito em diversas séries aqui mesmo no Brasil.
Também adorei a diagramação, em cada início de capítulo há uma fonte diferenciada para Antes e Agora, o texto está em tamanho e espaçamento confortáveis e as páginas são amareladas. A capa foi impressa com um efeito metálico igual ao do volume anterior, só que na cor roxo.
Lembro que mais para o final da resenha de Delírio eu o defini com apenas três letras: UAU. Com certeza Pandemônio não fica atrás e essas três letras podem representar muito bem o que eu senti ao final dessa leitura também. Muitos acontecimentos foram introduzidos, muita ação, uma mudança grandiosa, mas necessária, da protagonista já que Lena conseguiu ter uma grande evolução, ela não se parece em nada com aquela personagem do começo do livro anterior, está mais forte, destemida, corajosa e o mais importante, sem deixar o sentimento amor de lado.
O que eu posso dizer para vocês é que se ainda não deram uma chance a essa trilogia, façam o mais rápido possível. Se você busca um livro jovem adulto completo, com uma trama envolvente, uma sociedade distópica, personagens incríveis e muito bem construídos, uma ótima protagonista, uma narrativa ágil e instigante, o lado bom e o lado ruim, superação, luta por sobrevivência, felicidade e, claro, amor, então esse é o título que busca.
Só tenho um apelo para fazer à autora: Lauren Oliver, por favor, nunca deixe de escrever!
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