Seraphina – Rachel Hartman


Quando vi este livro pela primeira vez, fiquei encantada com a capa de maneira que fui correndo para ler a sinopse e saber mais sobre o que se tratava a história. A premissa do livro parecia super interessante e com uma história realmente  incrível, por isso fiquei louca quando peguei esse exemplar em minhas mãos e pude finalmente começar a ler. Agora, depois de ter lido, venho contar para vocês as minhas opiniões a respeito desta obra.
O livro, como o título sugere, conta a história de Seraphina, uma menina de apenas dezesseis anos que vive no reino medieval de Goredd, um local habitado por humanos e dragões. Essas criaturas mitológicas vivem em harmonia com os humanos, sem poder assumir sua real forma, ou seja, os dragões utilizam a aparência de um ser humano e somente podem mostrar suas verdadeiras “faces” se autorizados para tal. Para serem reconhecidos eles utilizam sinos.  Esse convívio de paz entre as espécies está cada vez mais desequilibrada por conta da morte do príncipe Rufus e por todos acharem que ela pode ter sido causada por um dragão, já que sua cabeça parece ter sido arrancada por mordidas.
Nossa protagonista, mesmo tentando permanecer “invisível”, acaba chamando bastante atenção com sua canção no velório do príncipe Rufus, fazendo com que as pessoas vejam o seu talento incrível para música. Além disso, ela acaba se tornando a assistente do compositor da corte, o que a fez ganhar também um pouco de liberdade do seu pai, que é super protetor, pois ele tenta esconder de todos o seu segredo.
No meio deste clima tenso entre humanos e dragões vemos nossa protagonista com o seu segredo e como ela tenta o manter escondido na história, mas ele é revelado no decorrer da trama. Gostei do clima de expectativa que senti até descobri-lo.
No começo, achei a narrativa da autora bem lenta, isso pode ter sido agravado por causa da quantidade de palavras estranhas (inventadas pela autora) utilizadas no texto. Não houveram explicações sobre o que cada uma delas representava, pelo menos não no meio da história, que pudesse fazer o leitor se inserir naquele contexto, só há um glossário no final da obra com o significado sobre cada uma das coisas citadas, mas isso era ruim porque em todas as páginas eu precisava parar e olhar o final do livro para entender o que aquilo representava, deixando o processo de leitura ainda mais lento.
O livro é narrado em primeira pessoa, o que foi bem legal, já que assim podemos acompanhar melhor os pensamentos de nossa protagonista. A história, mesmo sendo um pouco devagar, consegue nos prender já que a autora revelou algumas coisas importantes neste volume e ainda deixou outras para os próximos.
Acho essa capa linda (tirando essa citação de Christopher Paolini na parte da frente, pois ela é grande e pelo meu gosto eu não curto muitas coisas escritas na capa, fora que já tem essa mesma frase, só que maior, atrás. Então não acho que era necessário repeti-la), os detalhes em dourado no título, que também está em alto-relevo, e na lombada, deram um charme a mais para a versão impressa do livro.
A diagramação da Editora Jangada é sempre muito bem feita, com fonte e espaçamento confortáveis para a leitura, fazendo com que a gente consiga ler por mais tempo sem cansar a vista, além das páginas amareladas.
Se você vai ler esse título na versão nacional, leia primeiro o capítulo bônus denominado “A Audição”, encontrado depois dos agradecimentos no final do livro. Esse capítulo é, na verdade, um conto #0,5, que antecede a história da obra.
Recomendo esta leitura para todas as pessoas que gostam de uma história com segredos, revelações, um clima tenso e vários acontecimentos que marcam a leitura, além de personagens fortes e memoráveis, e queira ler algo com dragões, seres que não são tão comuns assim nesse tipo de leitura (pelo menos não que eu conheça).
Avaliação



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6 comentários:

  1. Eu tbm amei esta capa, muito bem feita!!!
    Gostei tbm da resenha, mas confesso que a sinopse não me chamou tanta atenção, por lembrar um filme que eu vi (não lembro o nome). Mas com certeza vou lê-lo.

    bjo^^

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  2. É, tem alguns livros que se utilizam desses artifícios de usar termos que não são lá muito conhecidos e colocar o significado lá atrás. Já li coisas do tipo, e apesar da leitura se tornar um pouco lenta, não me incomodo não.
    Livros do tipo, que tem esse ar de aventura, acho mais interessante quando é feito em terceira pessoa. Dá até mais visibilidade aos outros personagens, não ficamos só com a visão da protagonista.
    Adoooro diagramações bem feitas.
    Realmente, dragões não são seres que vejo toda hora em literaturas XD

    Não é um livro que eu tenha muita curiosidade em ler, mas não deixa de ter um enredo que me deixe com certa curiosidade.

    Beijo!

    -Amigas Entre Livros-

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  3. A capa é muito linda mesmo!!
    O fato dos seres mitológicos viverem em perfeita harmonia com os humanos me parece muito interessante!!
    Gostei muito da resenha e fiquei com muita vontade de ler!!Gosto de livros em primeira pessoa da a oportunidade de conhecermos melhor os protagonistas!!
    Mesmo com uma narrativa lenta no começo não se pode desistir néah as vezes melhora conforme a leitura avança!!
    Beijão

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  4. Primeiro de tudo a capa é linda, muito encantadora!!!
    Tava super empolgada até, reino medieval. Não gosto de livro histórico.
    Mas gostei tanto da resenha que me arriscaria a ler, gostei muito do q li. Principalmente os dragões!

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  5. Muito interessante esse livro, fiquei aqui querendo ler! A história é bem legal mesmo, pelo que já tinha visto de resenhas não teve muitas ruins, a maioria falou bem. Então deve ser bom mesmo não é! Gostei dele e queria ler.

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  6. Às vezes acabo me perdendo na leitura quando tenho que parar para ver o significado de alguma palavra. Mas isso é o de menos, quando a história é realmente boa, né? E a leitura desse livro parece valer muito a pena; até porque virei fã de dragões após ter acompanhado a série de tv Merlin! *-*

    Beijos

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