Daniela Niziotek é psicóloga e autora do livro
visceral 'Paixão, Drogas e Rock n' roll', que já foi resenhado aqui no blog e vocês
podem conferir a resenha AQUI.
Caso queira, pode adicioná-lo no Skoob também.
Tivemos o prazer de entrevistá-la há pouco tempo e –
como nós simplesmente enlouquecemos com seu livro –, não resistimos e acabamos
selecionando curiosidades e dúvidas a respeito da história, o que significa que
a metade da entrevista contém Spoilers.
Mas não se preocupem. Abaixo, separamos as perguntas que contêm
Spoilers daquelas que não contêm Spoilers.
Por isso, caso você não tenha lido 'Paixão, Drogas e
Rock n'roll', e não queira saber nenhum spoiler, leia apenas o grupo de
perguntas que não contém Spoilers.
Para aqueles que o leram, desfrutem de cada uma delas.
Ademais, é claro, fiquemos aguardando seu próximo livro sair do forno!
Parabéns, Dani, pelo talento e sensibilidade
essenciais em um escritor. Obrigada por ter dividido um pedacinho do seu tempo conosco
e pela amabilidade com o House of Chick – não esqueceremos de sua disposição e
carinho que contribuíram imensamente com o nosso blog. Sorte e sucesso!
Perguntas
sem Spoilers
1 - Qual é sua parte preferida do livro? Por quê?
Não tenho parte preferida. Gosto da leveza do início
do encontro dos dois e depois do impacto emocional que nos acompanha durante
toda a leitura. Acho que é um livro muito vivo, costumo brincar que dá para
emagrecer lendo “Paixão, drogas e rock’n’roll”. A gente lê transpirando, né?
2 - Até que ponto a história mexeu com você? Qual
palavra você usaria para definir a trajetória dos protagonistas?
Ah, foi só o efeito de um cataclismo (rs). Cataclismo
é uma boa palavra.
Escrever, para mim, é como brincar de aprendiz de
feiticeiro; você chama os demônios e na hora em que eles aparecem, não tem a
menor ideia do que fazer com eles!
3 - Você se baseou em algum filme/livro/conhecidos
para moldar a personalidade dos personagens ou eles simplesmente nasceram
inteiros e solidificados na sua mente?
Eu não sei como se dá o processo criativo. Uma vez
Llosa disse que não é o escritor que escolhe seus temas, os temas é que
escolhem o escritor. Acho que o mesmo se dá para a construção dos personagens.
Temos a impressão que surgem do nada e como uma alucinação eles passam a nos
assombrar.
Provavelmente não é verdade, acho que todo
personagem/história é composto também pelos livros que lemos, filmes que vimos,
pessoas que conhecemos ao longo da vida, além de aspectos da personalidade de
quem escreve, só que não nos damos conta de todos estes aspectos condensados e
deslocados (como num sonho) e ficamos com a sensação de as histórias e personagens
apenas “surgem”.
4 - Imagine que Paixão, drogas e rock n' roll virasse
filme e seu papel fosse escolher os atores. Quais você escolheria para os
protagonistas?
Que difícil! Talvez Gerard Butler e Rebecca Hall, mas
aceito sugestões.
5 - Li em uma de suas entrevistas que você escreveu o
livro porque a história, através de sonhos, 'insistiu' para que fosse escrita.
Quais são seus planos? Pretende seguir com a carreira de escritora?
É verdade, Brian e Vicky invadiram meus sonhos e
passaram a me atormentar. O problema é que eu sou uma pessoa muito suscetível a
esse tipo de invasão, vivo tendo ideias mirabolantes, então, sim, tenho outros
projetos como escritora, só que terão que esperar um pouco, no momento estou
focada na divulgação de “Paixão, drogas e rock’n’roll”.
6 - Quanto tempo levou para escrever o livro? Teve
algum tipo de bloqueio? Caso sim, o que fez para contorná-lo?
Foi tudo muito rápido, o livro se escreveu sozinho e
em seis meses estava pronto. Escrevi sem nenhum bloqueio até o último capítulo,
mas não havia posfácio e eu não estava satisfeita com o final, era muito
abrupto, estava inconformada, não podia simplesmente terminar daquele jeito,
faltava algo, mas não tinha idéia do que era. Um dia estava despretensiosamente
ouvindo uma música (não me pergunte qual, acho que fiz questão de esquecer)
quando fui ATINGIDA pelo posfácio. Foi como ser atingida por algo de algumas
toneladas, que você não sabe bem o que é e nem de onde veio. Quando consegui me
recuperar (um pouco) soube que o livro estava pronto.
Ping-Pong:
- Um livro que já releu várias vezes: A cor púrpura.
- Autor preferido: Mario Vargas Llosa
(mas pergunte de novo daqui a dez minutos).
- Se você pudesse escolher passar um dia vivendo no
lugar de uma personalidade (viva ou morta), quem seria?
Um dia inteiro? Se fosse apenas por uma hora viveria
no lugar de Almodóvar. Adoraria saber de onde vem tanta criatividade e
intimidade com a loucura, mas não sei se suportaria mais do que uma hora na
cabeça dele.
Outra opção seria Natalie Portman, mas só durante as
gravações de Cisne negro.
- Um vício: Dançar
- Como prefere passar o tempo? Com
a família e dançando.
Perguntas
com Spoilers
1- Se você estivesse no lugar de Vicky, o que faria?
Lidaria com a situação da mesma forma que ela ou teria uma postura diferente? (A partir do momento
que os dois perceberam que se gostavam).
Impossível dizer, só vivendo mesmo para saber. É como
tentar prever sua reação a um assalto; você sabe que não deve reagir, mas de
repente, tomada pelo susto, decide aplicar golpes de uma arte marcial que nunca
praticou (rs).
2- No final, podemos nos assegurar de que Brian nunca
esqueceu Vicky e que ela nunca deixou de amá-lo? Ter escrito um final onde os
protagonistas não terminariam juntos foi algo decidido desde o início?
Eu queria muito que eles ficassem juntos, mas a
história toda caminhava para outro lado, briguei muito com o final e, como vocês,
fiquei desolada com o desfecho. Escritor é um “bicho” muito impotente, a gente
só escreve o que os personagens deixam.
3- A doença de Brian chegou a ser revelada ao público?
Falando em impotência... eu também só sei sobre esta
história o que foi escrito, não me contaram nada mais. Até onde pude acompanhar,
não.
Por incrível que pareça, as pessoas ainda sofrem muito
com o preconceito. Brian é um dos milhões que convivem com o vírus em silêncio.
"Escrever, para mim, é como brincar de aprendiz de feiticeiro; você chama os demônios e na hora em que eles aparecem, não tem a menor ideia do que fazer com eles!" - Não sei porquê, mas adorei essa frase !
ResponderExcluirDepois dessa entrevista tenho vontade de ler o livro.
Não li o livro da autora...o que me chamou atenção e ela tb ser psico que nem eu rsrsrs...É bom ver psicos escrevendo sobre assuntos que não só psico =]
ResponderExcluirMiquilissss
Bruna Costenaro @BruFinland
Não li o livro e por isso li só a parte sem spoilers - mais ou menos, não resisti e acabei lendo umas partes com spoilers. Gostei da entrevista, sempre gosto de saber de onde vem tanta imaginação para as histórias...
ResponderExcluir@gaveta_aband
Eu não li o livro da autora, confesso que no começo não em interessei muito, mas lendo a entrevista parece ser bem legal :3 e tbm é claro a resenha,
ResponderExcluirA capa do livro ficou muito bonita :3
@Mayh_Fernandes
Eu já havia lido a resenha deste livro aqui no House, e confesso que desde a primeira linha fiquei morrendo de curiosidade para saber mais sobre a história.
ResponderExcluirAmei a entrevista da autora e achei a capa do livro bem legal!
Adorei as perguntas meninas, vocês estão de parabéns.
Beijos
Eu acabei de ler o livro.
ResponderExcluirEstou extasiada e vim para a internet em busca de qualquer resquício de informação sobre ele.
Me apaixonei pelo Brian, amei a Vicky mas principalmente adorei o amor que eles viveram e não queria que tivesse acabado como acabou mas sinceramente não vejo outro final mais factível.
Para a autora eu gostaria de dizer que deixe fluir suas idéias mirabolantes e as transforme em livros maravilhosos como Paixão, Drogas e Rock'n'Roll.
Ah, e para um possível filme eu sugiro Ryan Gosling como Brian e Nikki Reed como Vicki.
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